O CADDPROJ Fire System
Sprinklers (dimensionamento de sprinklers espinha de peixe) da empresa
Highlight atende a nova Norma NBR 10897 - 2014
Veja a
matéria abaixo:
NBR 10897 – O que mudou na
norma de Chuveiros Automáticos da ABNT
Existia a idéia no Brasil de que a tecnologia de chuveiros
automáticos era cara e complicada, e que deveria ser deixada nas mãos de alguns
especialistas, que não faziam questão de eliminar essa aura de mistério. Nos últimos anos, devido à
legislação mais moderna, o uso de sprinklers aumentou de modo substancial no
País, mas a falta de profissionais preparados resultou em projetos e
instalações muitas vezes sem atender aos requisitos mínimos da norma. Apesar de
confiável, a tecnologia de chuveiros automáticos depende do cumprimento estrito
dos requisitos mínimos, mas é comum nos depararmos com sistemas obstruídos,
subdimensionados, instalações com materiais inadequados, e projetistas que se
recusam a utilizar softwares de cálculo hidráulico, valendo-se de tabelas
obsoletas.
No dia 7/7/2014, foi publicada nova revisão da ABNT NBR
10897, Sistemas de Proteção contra incêndios por Chuveiros Automáticos -
Requisitos. Trata-se da principal norma sobre sprinklers da ABNT, essencial
para quem projeta, instala e fiscaliza os sistemas para proteção de incêndios.
O documento apresenta os requisitos de projeto e instalação em ocupações
tradicionais, como edificações comerciais e industriais. Para depósitos, os
requisitos de proteção estão sendo finalizados na norma NBR 13792, que estará
em consulta pública até o final do ano.
A NBR 10897 baseia-se na norma NFPA 13, Standard for the
Installation of Sprinkler Systems, talvez, a norma de chuveiros automáticos
mais utilizada no mundo. Os aspectos mais relevantes desta revisão:
- Inclusão de chuveiros para armazenagem: chuveiros de
controle para aplicação específica (CCAE), chuveiros ESFR e chuveiros para
sistemas calculados pelo método densidade-área (CCDA). Estes são importantes
uma vez que, em breve, teremos a nova versão da NBR 13792 (critérios para
proteção para áreas de armazenagem);
- Definição de Válvula de Governo e Alarme (VGA), um
“conjunto composto por válvula seccionadora, válvula de retenção e sistema de
alarme de fluxo, manômetros, drenos e acessórios, instalado em cada coluna de
alimentação (riser) de um sistema de chuveiros automáticos”;
- Criação da ocupação denominada “armazenagem”. Muitos
usuários classificam erroneamente depósitos como riscos extraordinários devido
à ausência de informações na NBR10897. A ocupação criada faz menção à
necessidade de adoção da NBR 13792 para proteção deste tipo de risco;
- Na área de tubos de aço, tivemos a eliminação à referência
da norma ASTM A135 para tubos padrão “Schedule” e, agora, referenciamos a norma
nacional compatível (NBR 5590). Foi eliminada a possibilidade de uso de tubos
NBR 5580 classe leve para rosca. Para adequação à NFPA 13 atual, os tubos
roscados, ou que foram usinados e perderam uma parte da sua espessura de
parede, devem ser no mínimo de classe média;
- Inclusão de tubos plásticos de PEAD para redes enterradas,
conforme previsto na versão atual da NFPA 13;
- Permissão para uso de soldas em tubos com diâmetros
inferiores a 65mm. A proibição, que nunca existiu nas normas de sprinkler, era
uma prática definida por algumas seguradoras no Brasil. Entretanto, é
importante lembrar que a solda não deve ocorrer no ambiente onde o sistema será
instalado e sim na oficina de tubos. Nesse caso, o uso de soldas para diâmetros
menores que 65mm está liberado;
- Conexão de teste de alarme não mais obrigatória no fim da
linha. Há anos, a NFPA 13 permite que a conexão de teste de alarme não seja
feita no fim de linha, pois a frequente substituição da água pode aumentar a
corrosão da tubulação e reduzir a vida útil do sistema;
- Eliminação de chuveiros de fachada e chuveiros em áreas
refrigeradas. No primeiro caso, o texto foi eliminado, pois é uma prática não
utilizada no Brasil. No segundo, o texto não era completo para permitir o
projeto de sistemas de chuveiros nessas áreas. O comitê pretende lançar uma
norma da ABNT específica para áreas refrigeradas;
- Novos hidrantes de recalque. Os hidrantes atuais são mais
simples e eficazes. Agora, há duas válvulas de retenção, uma para cada boca do
hidrante, além de um detalhe para ser instalado em fachada (de acordo com
solicitações dos Corpos de Bombeiros);
- Maior incentivo
para o uso de cálculo hidráulico. Há muitos anos, a NBR 10897 proíbe sistemas
calculados por tabela, pois são ineficientes e mais caros. A proibição
continua, e foram adotados tempos de duração (reserva de água) diferentes para
sistemas dimensionados por cálculos hidráulicos e por tabelas. Além de todas as
vantagens de quando utilizávamos cálculos hidráulicos, temos agregado um valor
menor de tempo e duração de funcionamento em comparação aos sistemas
dimensionados por tabelas;
- No anexo B relativo a bombas, há uma adequação no
barrilete de automação e a definição das pressões dos pressostatos para partida
e parada da bomba jockey e para a partida da bomba principal. As linhas de
automação devem ser individuais por bomba, ou seja, cada bomba deve ter sua
linha de automação exclusiva.
- Enfatizado que a área máxima da coluna de alimentação (e
da VGA) é por pavimento. É comum no Brasil encontrarmos edifícios com VGA em
todos os andares alimentadas por uma única prumada. Custo desnecessário, pois a
norma exige uma VGA na base da coluna de alimentação (riser) e comandos
setoriais nos demais pavimentos.
- Foram completadas todas as definições sobre sistemas de
sprinklers e os que não estavam nas normas anteriores, como sistema tipo tubo
seco, chuveiro cobertura padrão, chuveiro de resposta padrão, e os já citados
CCAE e ESFR. Para finalizar, é importante adquirir a nova norma e estudá-la.
Atualize-se e saia na frente com as melhores técnicas para proteção com chuveiros
automáticos.
Comitê Técnico ABSpk
Fonte:
Newsletter No. 04 - Set/Out 2014 – Abspk – Associação
Brasileira de Sprinklers